domingo, 7 de junho de 2009

Contradição

Antes de tudo peço desculpas pelo meu atraso. Estou há mais de uma semana sem postar, mas não é por pura preguiça. Mês de junho é muito agitado na faculdade, estou com 3 trabalhos para fazer e ainda vai ter a semana de provas na semana que vem. Além disso, estou tendo aulas de legislação. Ou seja, ando muito ocupada ultimamente.

Não tenho muita idéia do que escrever aqui...Hoje falta-me inspiração. Não sinto vontade de falar sobre o meu dia, porque, afinal, isso não é lá muito importante. Talvez sobre coisas que eu esteja sentindo. Mas é o que eu venho falando desde o primeiro post. E não acho que muita coisa tenha mudado. Digo, tiveram certas alterações bem consideráveis. Mas nada que me faça querer relatar aqui. Apesar de este ser meu blog pessoal , existem coisas que são pessoais demais para pôr a disposição para todo mundo ler.

Hum...Sabem a Mônica, do seriado Friends? Uma vez eu estava com um grupo de amigos - nós éramos seis, três garotas e três caras - e um de meus amigos começou a dizer que nós éramos que nem o Friends. Eu fiquei sendo a Mônica e o meu namorado o Chandler. Mas aí os meus amigos começaram a se perguntar se eu não deveria ser outra pessoa - uns achavam que eu era mais a cara da Phoebe! - porque eu e a Mônica não tínhamos muito em comum. Já eu discordo. Tirando a parte de gostar de cozinha, eu tenho muitas coisas em comum com ela.

Espírito de Competição. Eu tenho muito isso. Sou uma pessoa muito competitiva. Provavelmente uma pessoa diria que é característica do meu signo, Áries. Eu assisti vários episódios de Friends, sempre fui muito fã, e tinha uns que a Mônica realmente exagerava. Às vezes alguém a família assistia junto comigo, e comentava exatamente isto. Mas, de alguma forma, eu entendia. Porque tinha vezes que eu me sentia do mesmo jeito.

O pior é que eu tenho mania de comparação. Isso faz parte do meu senso competitivo. Eu me comparo à tudo, inclusive à ex-namorada do Júnior, com quem ele namorou por dois anos e nove meses. De vez em quando eu faço uma pergunta ao Júnior sobre ela, só para comparar nós duas. Eu sei que isso não é saudável. Ele sempre diz que fica com medo de dizer essas coisas, porque ele sabe que eu vou ficar pensando nisso depois, e pode me fazer mal. E eu sempre respondo que prefiro saber a ficar imaginando, porque às vezes minha imaginação pode ir muito além, e isso sim pode fazer mal. Além do mais se ele se recusar a me dizer.

Acho que os 2 anos e 9 meses que me intimidam, e sou vou relaxar quando eu "superá-la". Por mais que meu namorado diga que eu sou melhor que ela em tudo, eu só vou ter certeza disso quando eu ultrapassá-la. E ainda falta um ano e cinco meses para isso. Então ainda vou ter muito tempo para ficar me comparando.

Uma vez eu estava com o Júnior na casa dele, e ele estava mexendo em alguma coisa em seu guarda-roupa. Ele encontrou uma caixa, e dentro desta caixa achou uma carta que a dita-cuja escreveu para ele. Eu fiquei meia-hora segurando aquela carta. Uma parte de mim dizia que eu deveria lê-la, e outra dizia que não. O Júnior foi totalmente compreensivo comigo, disse que se eu quisesse, eu poderia ler a vontade, que aquela carta era minha agora. Mas que eu tinha que ter consciência de que ali estariam escritas coisas que eu provavelmente não iria gostar. Mas eu sou curiosa, e ainda competitiva, então não me aguentei. Abri e li.

Aquilo não me fez muito bem, é verdade. Mas eu pelo menos pude ter a noção de que o que eu escrevo para ele faz muiito mais sentido do que o que ela escreve. Muita coisa que ela escreveu ali pareceu apensa...Enrolação. E isso me fez bem. E o que me fez melhor foi o fato de que o Júnior pegou a carta depois e foi brincar com ela. O bocó foi pro banheiro e tacou fogo nela, foi muito divertido. Claro que a gente logo apagou, ele foi aceso na pia. Mas ficou o maior cheiro de queimado, e a mãe dele quase que teve um ataque achando que havia algo errado no prédio. Acabou o dia sendo muito divertido. O Júnior conseguiu lidar muito bem com a situação, e acho que é por isso que eu não fiquei me sentindo mal. Ele sempre é muito compreensível quando eu toco no assunto.

Às vezes penso na sorte que tenho por ter alguém como ele ao meu lado. E me sinto mal por mantê-lo comigo. Não sei dizer, apenas acho que ele pode ter alguém melhor do que eu. Que eu não o mereço. Quando comento isso com ele, ele me contradiz e fala que é o contrário. Que ele que não me merece. Que ele só quer a mim ao lado dele. E é tão bom escutar isso - apesar de não ser verdade, hehe.

Eu me identifico com uma frase de uma música da Pitty: "Eu sou uma contradição, e foge da minha mão fazer com que tudo o que eu digo faça algum sentido". Então não estranhem se este post sair meio desregulado. Ele não era para fazer sentindo para todo mundo. No momento, só quero que faça sentido para mim. Já que é o meu desabafo.